Espaço do Nando
FALTA DE EDUCAÇÃO
A notícia foi veiculada nos principais sites informativos, ontem: "Em uma escola situada em Coronel Fabriciano (MG), uma aluna deu um tapa no rosto de sua professora, simplesmente pelo fato da mesma ter interceptado um bilhete que ela repassava à sua colega de classe, atrapalhando o andamento da aula". Há algumas décadas atrás, essa era uma notícia totalmente incomum, haja vista o prestígio e o respeito que os professores possuíam diante dos alunos. Hoje, infelizmente esse é apenas mais um caso dentre tantos outros em que docentes são vítimas de ameaças, desrespeito e agressões físicas.
Como se não bastassem a sobrecarga de aulas, o trabalho extraclasse, as turmas superlotadas, o salário baixo e outras condições desfavoráveis para o exercício pleno de suas funções, o professorado agora tem que conviver com as ameaças de uma clientela cada vez mais hostil e mal-educada. Nota-se claramente, que boa parte das famílias de hoje, está delegando também aos professores a missão de educar seus filhos.
Porém, essa é uma postura totalmente errônea, pois a função dos mestres é repassar instrução e conhecimento, sendo que a função de educar, de fato, cabe aos pais. Talvez exatamente por esse equívoco, observa-se cada vez mais a estrutura física das instituições educacionais, (principalmente públicas), assemelhando-se às instituições correcionais, o que é lamentável. Alambrados cedendo lugar a muros enormes e portões sendo mantidos permanentemente fechados, descaracterizando o ambiente escolar.
É claro que o ensino atual é mais flexível, adequado às mudanças comportamentais da sociedade, sendo que os professores de hoje não são mais aquelas figuras autoritárias e carrancudas de três, quatro décadas atrás. Porém, se por um lado o autoritarismo era negativo, por outro, a perda da autoridade gera o caos dentro de sala de aula.
Se este é um país que deseja galgar realmente o patamar de primeiro mundo, há de se reconhecer a importância do papel dos professores nesse processo. Respeitemos mais esses profissionais que já são vitimizados diariamente pelas agressões morais provenientes dos governantes, e que agora, lamentavelmente passam a conviver também com as agressões físicas dos alunos. Se muitos mestres, mesmo com tantas agressões morais e físicas, continuam “dando a outra face”, insistindo no prosseguimento dos seus trabalhos, os mesmos o fazem não só por vocação, como também, por necessidade. Valorizemos e reconheçamos essa categoria tão sofrida e batalhadora.
Fernando Freitas é Funcionário Público Estadual e escreve às quartas-feiras.
Obrigada Fernando,seu texto disse tudo!!
ResponderExcluirSer professor hojej em dia se tornou uma profissão de risco!
POR ISSO QUE NÃO SOU PROFESSOU, QDO ESTUDAVA EXISTIA RESPEITO PELO PROFESSOR, HOJE É DIFERENTE A PRÓPRIA SOCIEDADE TRANSFORMA EM REFÉM, MUITAS VEZES OS PAIS QUE CRITICAM OUTROS, QDO ACONTECE COM SEUS FILHOS MUDAM DE OPINIÃO, PRECISAMOS SIM EDUCAR PRIMEIRAMENTE OS PAIS DEPOIS OS FILHOS, POIS JA BASTA DOS PROFESSORES SEREM REFÉNS DE PAÍS PROTETORES DE FILHOS INDICIPLINADOS.
ResponderExcluirOlá Fernando, sou professora e me entristeço a cada noticia com esse teor. Continuo na educação por amor ao que faço, no entanto, estamos atravessando um período crítico, tanto pela desvalorização como por atos de violência no ambiente escolar.
ResponderExcluirate qdo isso vai acontecer?????????????
ResponderExcluirFato lamentável.Isso me causa indignação.Os valores foram invertidos.Os pais deixaram de ser autoridades,e passaram a mesma p/ os filhos.Sem falar na lei que apoi os erros,proibindo os pais de educar.Antigamente apanhávamos qdo errávamos.Por isso que essas coisas praticamente ñ aconteciam.Eta Brasil!
ResponderExcluirAo lecionar em uma escola, presenciei uma situação parecida. Crianças entre seus 7 a 10 anos acham - se no direito de fazer o que querem. Infelismente a situação vem ocorrendo com mais frequencia. O ECA veio para ajudar e no fim esqueceram de dizer que a educação vem de casa e deveres também devem ser cumpridos.
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