A voz não se cala

Post do Luciano

A VOZ NÃO SE CALA

Não sou profundo conhecedor de música, simplesmente ouço o que gosto ficando atento para o que a maioria escuta. Pessoalmente, a morte de Whitney Houston nos causou tanto tristeza como nostalgia. O bom de ter mais de quarenta é poder ter vivido a ascensão de artistas como ela, que tanto embalou nossas vidas com uma voz única, reconhecida mundialmente como um verdadeiro tesouro artístico.

O mundo perde a dona de uma das músicas mais tocadas pelos apaixonados – I will Always love you -, tema do filme O Guarda-Costas que contracenou com Kevin Costner e o single mais vendido por uma artista feminina na história da música. Logo o mundo saberá qual o real motivo de sua morte; porém, se não foi seu envolvimento com drogas, certamente lhe fizeram companhia por boa parte do tempo. Isso mesmo, as mesmas drogas que tanto afetam os lares mundo a fora também minam as resistências dos ícones do show business.

Mas vício, se considerado em suas várias formas, nem sempre é o vilão da história; porque, se para o mal destrói pessoas desvestindo- as de suas virtudes, para o bem faz surgir motivos de novas alegrias.

Antes que Whitney Houston fosse enterrada, o mundo coroou aquela que, sem dúvida alguma, será a dona dos nossos ouvidos e corações por um bom tempo – Adele. Uma britânica de 22 anos que saiu do anonimato para reinar no estrelato logo no primeiro álbum, tendo vendido 207 mil cópias, na primeira semana, na Inglaterra. Considerada a única artista a emplacar, ainda viva, uma música e um álbum juntos em primeiro lugar nesse país, feito conseguido apenas pelos Beatles em 1964, foi premiada em todas as seis indicações com as quais concorria no Grammy 2012 esta semana. Iniciando sua jornada, postando algumas músicas demo numa página de relacionamento, foi tão ouvida que logo estaria gravando seu primeiro álbum.

Sua música é um vício. Sua história, um exemplo daquilo que, quando é para ser, nada impedirá que aconteça. As vozes não são iguais, mas a vida é assim mesmo... no jardim dos sentimentos, quando morre uma flor, outra haverá de surgir. Nunca com os mesmo traços, pois a cada qual foi dado seu próprio brilho, mas todas com o mesmo motivo, o de acariciar a alma humana...by.

LUCIANO ESPOSTO, escritor e poeta venceslauense, escreve às quintas-feiras.