Lila e Arlinda:
o entrelaçamento literário da autora e sua
obra
Por Nicolly Bueno
Escritora e poetisa já por demais conhecida em nosso meio literário,
Arlinda Garcia de Oliveira Marques traz, agora, para o nosso deleite, um novo
livro, desta feita, um romance chamado Lila, no qual a autora se movimenta com
maestria e nos impressiona pela capacidade surreal de dar vida às suas
personagens.
É uma leitura que nos prende do começo ao fim, nos incita a querer
sempre mais, à medida que a narrativa evolui incrementada com o toque poético
de Arlinda e de seu amor incondicional pelo próximo, pela sociedade, pelas
surpresas que a vida nos proporciona.
Aliás, a narrativa de Lila e a história de Arlinda se fundem e se
confundem, redimensionando, desse modo, a significação da sua produção
literária. O entrelaçamento literário da personagem Lila e de sua autora nos
faz acreditar em um mundo melhor e mais humano, tal como Arlinda sempre sonhou
e lutou.
Para
mim, editar o primeiro romance de Arlinda Garcia é mais do que um orgulho: é
uma honra. Sinto-me lisonjeada com a tarefa que me fora confiada, apesar das
dificuldades, da insegurança inicial e dos desafios que naturalmente foram
surgindo.
Com
o livro em mãos, lembrei-me de uma citação muito conhecida de Nietzsche que diz “nada é tão nosso quanto os nossos sonhos”.
Arlinda sonhou e ainda sonha. Mais que isso, com sua paciência e persistência,
realiza todos os seus sonhos, sem perder sua simplicidade e sua grandeza de
alma.
Lila
possui uma originalidade poética identificada a cada capítulo, encerrando a
obra com aquela sensação de dever cumprido. Trata-se, pois, de um romance
escrito há trinta anos, que coloca em evidência o modelo familiar tradicional,
baseado nos bons costumes, na boa conduta humana de se viver e de se
relacionar. Lila nos ensina, sutilmente, a importância de se lutar por nossos
sonhos, de conquistar nosso espaço com honestidade e de vencer com competência
e dignidade. O romance nos mostra como é possível conviver em sociedade, de
maneira sadia para superar as barbáries da vida moderna.
Arlinda
Garcia de Oliveira Marques me conheceu há mais de dez anos, quando eu me
enveredava pelos meandros da literariedade, sem pretensão de ser escritora e
tão pouco, editora. Daí é que surgem a admiração e o amor que passei a cultivar
pela amiga e escritora Arlinda, a qual contribuiu para eu ser o que sou, sempre
respeitando as minhas escolhas e me incentivando a seguir o caminho do bem.
Agradeço
à Arlinda pelo privilégio que me ofereceu por meio dessa edição de Lila, pelo
aprendizado, pela amizade e por tudo o que esta vida ainda nos reserva.
* A autora é professora,
escritora e editora
2 comentários:
o autor é professor, escritor e editor e se chama Rodrigo Bueno, alcunha Nicole Bueno.
Daqui uns dias vamos ter que escrever sempre com um (a) pois não sabemos de qual sexo se trata....... Fazer o que a evolução das minorias que a maioria tem que se submeter, o pior não por aceitar, mais por imposição de punição
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