Roberto esclarece

Faive 2012
ROBERTO RODRIGUES ENVIA E-MAIL AO BLOG
Desde ontem, quando foi anunciado o déficit de R$ 573.160,00, começou um "boomm" de comentários sobre o assunto em nosso blog. Roberto Rodrigues, presidente da Comissão Executiva da Faive deste ano, está em Uberaba junto com familiares. Enviou e-mail esclarecendo ao público e também telefonou para nós comunicando que quando chegar em Presidente Venceslau convocará imprensa para dirimir dúvidas. Disse que infelizmente, neste ano o evento não teve o resultado esperado e explica o porque no esclarecimento público "A bem da verdade" transcrito na íntegra abaixo.

ESCLARECIMENTO PÚBLICO “A BEM DA VERDADE”

Nunca pedimos para ser Presidente da FAIVE. Fomos nomeados. Sempre soubemos que o evento era de risco. Os organizadores trabalham basicamente com prognósticos e comparativos dos eventos em exercícios anteriores. Depois que o evento começa, não tem mais como parar.  É preciso montar a estrutura e manter o recinto limpo. Contratar pessoal suficiente para manter a segurança dos visitantes, controladores de acesso, pessoal de alambrados, carregadores, montadores de palco e outros inúmeros serviços imprescindíveis a realização do evento. 

Enfim, fixam-se as despesas e estimam-se as receitas. Ou seja, é arriscar e torcer para que o público corresponda às expectativas e que as receitas cubram as despesas. Sempre avisamos: “não temos como prever, nem responder por um possível resultado positivo ou negativo”. Mas a resposta sempre foi que o evento era público e, caso não desse certo, o Poder Público responderia.

Como tudo que fizemos na vida, sempre trabalhamos para fazer bem feito. Foi assim em todos os movimentos dos quais participamos: filosófico religioso (Movimento Espírita); sindical (Sindiserve), recreativo (Coroados Tênis Clube); assistencial (APAE); prestação de serviços (Rotary); profissional (Câmara e Prefeitura). Nunca nos preocupamos com críticas ou elogios, apenas trabalhamos.

Na FAIVE, como não poderia ser diferente, também trabalhamos muito, com afinco e dedicação para manter a tradição e o padrão de qualidade da feira que foi deixado pelos nossos antecessores.  Fizemos bons eventos, disso temos certeza. Do ponto de vista financeiro, fomos bem sucedidos por dois anos, mas não conseguimos fechar o evento no terceiro ano.

Foi um ano atípico, com a indústria, o comércio e a pecuária em baixa. Para completar, foi um ano eleitoral, em que as opiniões sempre se dividem.  O evento ainda não tinha terminado e já começaram as especulações negativas sobre o resultado, levantando-se suspeitas meramente subjetivas sobre o trabalho realizado.

Essas suspeitas são lançadas ao vento e acabam sendo amplamente divulgadas, ficando sempre a impressão que algo tenha sido feito às escondidas ou que alguém possa ter se locupletado de alguma coisa. Sabemos que ninguém é perfeito e, por isso, estamos sujeitos a erros e acertos. O que preocupa é que esse tipo de levantamento de suspeitas infundadas acaba sempre denegrindo todo o trabalho realizado, maculando a imagem de pessoas honestas e trabalhadoras, respeitadas pela comunidade e que ao longo tempo fizeram da nossa feira um evento de sucesso.

Lamentamos, por oportuno, que pessoas que se dizem venceslauenses, mas totalmente desinformadas sobre a realidade do município e a crise momentânea que vive o comércio, a indústria e a pecuária, tenha a petulância de criticar a organização da XXXVI FAIVE, chamando de incompetência um fator meramente sazonal que a comissão não tem o poder de mudar por se tratar de um processo natural.

Quem bom seria se ao invés de criticas infundadas as palavras tivessem o poder de se transformar em recursos financeiros, fazendo que os organizadores da FAIVE pudessem bancar os custos de uma exposição milionária, com preocupação apenas pela quantidade e não pela qualidade, feita apenas para agradar os críticos de plantão.

Quem sabe num futuro próximo esses mesmos críticos consigam recursos suficientes para arcar com os custos de shows do padrão de qualidade da XXXVI FAIVE, sem nenhum tipo de cobrança de ingresso da população que merece mais que simples falácias de quem nunca fez nada pelo evento.

Enquanto Presidente da FAIVE, nunca tivemos preocupação que a feira desse lucro. Sempre nos preocupamos que o evento fosse bom e bem feito e atingisse o seu maior objetivo que é mostrar a pujança e o progresso agropecuário, comercial e industrial do município. Fizemos parte da organização da FAIVE não com o objetivo de obter lucro financeiro ou de qualquer outra espécie, mas sim como um objetivo de vida. Para nós sempre foi motivo de orgulho poder contribuir de alguma forma para a comunidade que nos acolheu.

Apesar da crise vivida pela pecuária e do comércio em geral, além das pressões que sofremos, temos a consciência tranqüila de que, sem desmerecer o trabalho daqueles que nos antecederam, este ano realizamos uma das melhores FAIVE da história de Presidente Venceslau, consagrando o evento como “A Maior Festa do Oeste Paulista”. Infelizmente, o resultado financeiro não foi o esperado. Lamentamos e pedimos desculpas às pessoas (físicas) e jurídicas (empresas), que acreditando no nosso trabalho, agora terão que passar por inconvenientes para receber seus créditos.

Sob o testemunho de DEUS, podemos assegurar que demos o melhor de nós. Esforçamo-nos muito. Visitamos diversos locais de exposições, inclusive de outros Estados, para conhecer as novidades do setor. Obedecemos às normas do direito administrativo, fizemos licitações onde elas se tornavam necessárias e, se cometemos algum erro, foi involuntário, sempre tentando acertar.

Todos os documentos pertinentes ao evento estão devidamente arquivados, junto aos órgãos competentes da municipalidade, disponíveis a quem de direito possa interessar. Também nos colocamos à disposição de todos para prestar os esclarecimentos que se fizerem necessários sobre a organização, realização e resultados da XXXVI FAIVE

Infelizmente, num ano eleitoral, sabemos que sofremos críticas, algumas atingindo até a nossa dignidade pessoal.  Mas, o tempo é Senhor de todas as coisas e Ele vai mostrar que trabalhamos muito, com carinho e dedicação profissional. Caberá agora aos nossos criticos e sucessores manter e melhorar ainda mais o evento, em respeito ao nosso trabalho e de todos que nos antecederam.

Aos companheiros que estiveram do nosso lado, especialmente nesses três anos de trabalho intenso e de incompreensões maiores, asseguramos que cumprimos o nosso dever e que, certamente, virão outros que, como tantos no passado, saberão conduzir o maior evento agropecuário, industrial e cultural da região, com acerto e grandeza.

Agora ficamos à mercê da justiça humana e divina. Sabemos que “DEUS não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos”. Então temos fé que Ele continuará nos abençoando e também aos futuros organizadores do evento para que o mesmo continue crescendo sempre.

ROBERTO RODRIGUES

Presidente da XXXVI FAIVE